quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Trabalho: articulação entre teoria e prática - o papel do coordenador pedagógico

Olá, pessoal, no campo "comentário", cada aluno ou grupo de alunos deverá postar um texto sobre o tema: articulação entre teoria e prática - o papel do coordenador pedagógico. Para tanto, vocês deverão se basear nos textos já lidos e na palestra do Prof. William, que será realizado no dia 17/09.

Abraços,

Prof. Sidnei

3 comentários:

  1. Comentário sobre o filme: Quando tudo começa.

    O filme traz o cotidiano de uma escola infantil no subúrbio da França na década de 90, mas apresentando problemas bem atuais.
    O diretor da escola, protagonista do filme, vive todas as dificuldades junto dos funcionários da instituição, desde problemas financeiros de pais de alunos que refletem diretamente na vida escolar das crianças, até saqueamento da escola, onde roubam e destroem praticamente tudo dentro da mesma. Tudo isso tentando não permitir que prejudique o processo ensino-aprendizagem das crianças. Em suas cantigas, seus momentos junto aos pequenos, ele tenta sempre manter o lúdico.
    A história apresentada no filme, que se baseia em relatos de professores daquele país, não é muito diferente da realidade das escolas públicas brasileiras. Nossos alunos que passam por diversas dificuldades em seus lares, não conseguem ter um desempenho escolar suficiente, pois não é possível para uma criança separar a vida pessoal da vida escolar. Uma está diretamente ligada à outra.
    No filme, o diretor da escola tenta intervir para ajudar a família Henry, pais de uma aluna da escola. O pai trabalha em serviço temporário, a mãe é alcoólatra e a casa está sem comida e aquecedor, e o filme se passa em um período de inverno na França, com frio intenso.
    O diretor tenta intervir chamando o Serviço Social para ajudar essa família, o que de início não acontece, e o mesmo acaba travando uma guerra com as autoridades do setor. Infelizmente, a mãe desta família não agüenta a pressão de que vão despejá-los por não pagar o aluguel, envenena seus dois filhos e se suicida em seguida.
    Na educação brasileira, profissionais travam batalhas todos os dias para não desistir desta profissão que lhes impõe barreiras constantes, difíceis de atravessar. Em nosso cotidiano, principalmente nas escolas de periferia, estamos cercados de alunos que perderam o pai na guerra do tráfico, mães que não tem como acompanhar os filhos e seu desenvolvimento na escola, pois trabalham o dia inteiro para tentar fazer o papel de pai e mãe dentro de casa. No filme, o prefeito baixou um decreto de que crianças sem ticket para alimentar-se na escola, deveriam voltar pra casa. Em nossa realidade, muitos alunos não deixam de ir à escola, porque muitas das vezes lá é que terão a oportunidade de alimentar-se no dia. No filme a namorada do diretor leva seus materiais de trabalho artístico e promove uma grande festa junto com pais e alunos para decorarem a escola com temas de outros países. Era uma alegria que a escola precisava depois da morte da família Henry. No Brasil, quantas vezes não presenciamos mutirões para pintura e limpeza de escolas, realizados por profissionais da educação, pais e alunos. Estudar e trabalhar em um ambiente limpo e organizado, realmente ajuda na auto estima de todos.
    Assim como o diretor do filme, os profissionais da educação lutam insistentemente na ânsia de fazer da escola um lugar do conhecimento e da harmonia para que o primeiro, seja internalizado pelos alunos e assim os mesmos tenham condições futuras de mudar seu destino que as dificuldades que o cercam insistem em lhes traçar.
    Driblar as dificuldades sejam financeiras, de comportamento dentre outras, faz parte do cotidiano da vida dos profissionais da educação, e pelo que podemos perceber, por se tratar de situações que podem interferir de maneira maléfica no desempenho de seus alunos, não há como ficar indiferente a elas.

    Eliane Angélica Sousa Tobias
    Priscila Fonseca Portela

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  2. Professor postei no lugar errado...Perdão
    Priscila

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  3. Comentário do filme "Quando tudo começã"

    O filme “Quando Tudo Começa” conta a história de um diretor de escola francesa, em uma pequena cidade que sofre com o fechamento das minas de carvão e enfrenta uma taxa alarmante de 34% de desemprego. Daniel e os outros professores são aconselhados a não se envolver com os problemas crônicos da comunidade. Mas para o personagem é impossível permanecer imune à miséria, à falta de assistentes sociais, à indiferença do governo e aos sérios problemas domésticos que suas crianças enfrentam. O filme deixa bem claro a articulação, ou a falta dela, entre a escola, a família e o Estado. O diretor tem que buscar trabalhar as três esferas para resolver os inúmeros problemas que vão surgindo ao mesmo tempo em que enfrenta problemas pessoais. O professor é aconselhado pelo Estado a não se envolver com os problemas da comunidade, porém, é impossível desvencilhar as coisas, pois estes problemas são bastante refletidos no meio escolar. Essa realidade demonstrada pelo filme não é exclusividade da França. No Brasil, são inúmeras as comunidades que enfrentam problemas semelhantes e, em algumas, até piores do que esses. A orientação estatal é quase sempre a mesma; não se deixar levar pelos problemas externos aos muros da escola. Entretanto, assim como no filme, sabemos que na prática as coisas não são assim. Saber trabalhar essas articulações, utilizando o Estado e a família como auxiliares para o bem dos alunos é uma tarefa do pedagogo muito bem representada pelo filme.

    Daniel Bruekers
    Euzilene Leandro
    Gisele Oliveira
    Joyce Moreira
    Liliane Barbosa

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