segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Filme "Ser e Ter"

Sinopse
O documentário acompanha os estudantes de uma escola rural da França, do jardim da infância até o último ano do primário, dos quatro aos 11 anos. O período mostra as crianças em pleno processo de formação do conhecimento e da identidade pessoal, acompanhando-as em sua transição do universo familiar para um ambiente no qual é levado em conta sua individualidade sem pressupostos.
nformações Técnicas
Título no Brasil: Ser e Ter
Título Original: Être et avoir / To Be and to Have
País de Origem: França
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento: 2002
Direção: Nicholas Philibert

Comentários:
UMA LIÇÃO SOBRE A NOBRE ARTE DE ENSINAR

fonte: Myrna Silveira Brandão
Ser e Ter, de Nicolas Phillibert, é um filme que tem corrido o mundo e encantado pessoas de várias gerações e profissões, desde professores, até pais e mães e todos aqueles que, de alguma forma, estão ligados à missão de ensinar ou de estabelecer procedimentos para a educação e para o desenvolvimento.

O filme se passa em uma daquelas escolas que ainda existem na França, de uma única turma, na qual todas as crianças de uma mesma localidade, desde o infantil até ao final da escola primária, se concentram em torno de apenas um mestre. Ele as acompanha desde o jardim da infância até o último ano do primário, transpondo-as do universo familiar para um ambiente onde o que é levado em conta é sua individualidade, sem generalizações. Enfim, a construção da personalidade.

O elemento central da história é o professor Georges Lopez, um extraordinário exemplo de dedicação total à sua atividade de mentor e professor. Através de sua participação, o filme mostra a influência positiva do educador na formação do caráter de seres humanos desde a mais tenra idade.

Cada criança constrói seu próprio conhecimento frente às atividades curriculares que extrapolam os limites da sala de aula.

Ser e Ter foi rodado numa dessas escolas, mostrando a vida de uma pequena turma da aldeia ao longo de todo um ano.

Antes de se decidir por essa escola, Philibert pesquisou mais de 300 estabelecimentos em toda a França, optando pela instituição na pequena comunidade de Aubergne.

O filme foi um dos selecionados oficiais do festival de Cannes 2004 e, de lá para cá, tem sido mostrado não apenas no circuito, mas em inúmeras escolas e universidades, sempre com sessões seguidas de debates.

Ser e Ter é de uma simplicidade encantadora. Os rostos das crianças, seus gestos genuínos e inocentes, seus olhares significativos e também a sensibilidade criativa de Phillibert, que deu um toque de magia à mais na realidade, que por si só, já era magnífica.

Uma das coisas que mais cativa no filme é que ele mostra a vida com autenticidade, com inteligência, apresentando o mundo da criança com sua espontaneidade, sua admiração perante o que aprenderam e a sua confiança desarmada nas pessoas.

Além disso, mostra também as dificuldades da pré-adolescência, tudo sob a condução de um mestre que é também um hábil condutor da melhor forma de interagir com as crianças.

Um fato interessante é que as crianças absorveram com naturalidade a presença das câmeras do diretor , tanto nas cenas nas salas de aula, no ônibus, nos carros, bem como dentro de suas casas.

Georges Lopez, por sua vez, possui dotes pedagógicos excepcionais, fazendo de Ser e Ter um filme fundamental para professores, psicólogos, orientadores e por todos aqueles que, de alguma forma, trabalham com a missão de educar e desenvolver. Espontaneidade, graça, tragédias do cotidiano, sofrimentos comuns, diversões, amor e muita confiança mútua, desfilam aos olhos do espectador de uma forma mágica e lúdica.

O final do filme também é admirável , simples e ao mesmo tempo carregado de sentimentos expostos com extrema sensibilidade.

Ser e Ter é um filme que mostra que a educação depende em alta dose também dos educadores e que a criatividade deve ser o instrumento de toda a vivência escolar.
Disponível em: http://www.abrhrj.org.br/typo/index.php?id=205

Regras para postagem do comentário sobre o filme:
Cada grupo deverá fazer uma análise direta e objetiva sobre o filme traçando um paralelo com a educação brasileira. A análise deverá ser postada neste blog constando o nome completo de cada membro. Valor: 10 pontos.

13 comentários:

  1. Comentário sobre o filme “Ser e Ter”

    O filme "Ser e Ter" mostra a dedicação de um professor no interior da França. Nesse filme a tentativa de sanar as dificuldades dos alunos é um fato relevante, o professor com sua extrema dedicação utilizava um diálogo franco e aberto para absorver dos alunos com o que eles sabem ao mesmo tempo fazer e para que eles participem do processo de construção do conhecimento.
    O que faz a diferença na profissão do professor é gostar desse ofício, no documentário esse professor se declara gostar muito de ser professor.
    A sala de aula tinha poucos alunos, porém de idades mistas. A questão de ser uma sala com alunos de idades e séries diferentes no caso não foi obstáculo para esse professor, pois os alunos mais velhos ajudavam com os menores e assim as aulas foram proveitosas.
    O professor sempre procurava dar aulas que fizesse sentido para os alunos, o professor fazia de passeios simples uma boa aula e com muito aprendizado.
    O professor tinha autoridade com os alunos e sempre estava disposto a ajudá-los com carinho e atenção.
    Em um lugar simples, o professor utiliza- se da própria linguagem como um recurso didático-pedagógico proporcionando aos alunos uma aprendizagem em que eles sabem são levados em consideração e sabiamente utilizados pelo professor como um elemento que proporcione aos alunos um rico processo de ensino aprendizagem.
    A linguagem questionadora e instigante utilizada pelo professor se torna um recurso importante para que os alunos compreendam os conteúdos. Os recursos didáticos são os mais básicos de toda escola, mesmo assim o professor consegue criar um clima de confiança dos alunos, um elemento importante em qualquer processo de ensino aprendizagem.
    Desta forma o filme mostra que o ensino aprendizagem não depende de sofisticação, mas de empenho e compromisso dos profissionais que atuam nesta área. Seja no campo ou na cidade, na simplicidade ou na sofisticação o principal elemento que não deva faltar em todo processo de ensino aprendizagem é a dedicação e o compromisso com os indivíduos para que fosse proporcionada uma educação de qualidade e a construção da cidadania entre os indivíduos.


    Jacqueline Imaculada de Assis Cerqueira
    Gilson Borges Brito
    Patrícia Rodrigues
    Senilda Simplicio Macedo

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  2. Comentário sobre o filme ‘Ser e ter’

    Interessantíssimo, comovente e dinâmico, assim pode-se classificar este filme passado em uma cidade interiorana da França nos dias atuais.
    A maneira com que o professor consegue lidar com uma turma mista (em relação à série e idade) respeitando a necessidade de cada aluno, é excepcional.
    O momento em que ele conversa com um de seus alunos sobre a doença do pai e depois com uma aluna sobre sua inibição, são para mim os pontos de maior comoção do filme, pois demonstram a sensibilidade do professor em relação aos alunos e seus problemas pessoais e isso é fundamental nessa profissão a qual pretendo seguir.
    A forma como ele instiga o pequeno JOJO acerca da contagem dos números é de um dinamismo fenomenal. A criança diz que não sabe continuar, mas com um incentivo que desperta a atenção do pequeno, o faz ir à diante de forma tranqüila e agradável para ambos.
    Assistir a esse filme acrescenta e muito, positivamente para profissionais da educação no que diz respeito a arte de ensinar e sobre a relação com o outro.

    Eliane Angélica Sousa Tobias.

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  3. Comentário sobre o filme ‘Ser e ter’

    O documentário “ser e ter” mostra o trabalho de um professor na educação de crianças numa pequena cidade chamada Auvergne, na zona rural da França. O professor tem uma turma mista, onde crianças de variadas faixas etárias convivem dentro de uma classe. O trabalho que ele realiza com as crianças é bastante individualizado e atencioso, tratando-as de maneira direta e clara e fazendo assim com que as crianças tenham-no como uma verdadeira referência. Um ponto principal do filme é a passagem do tempo marcada em várias cenas do filme, como por exemplo, o caminhar lento das tartarugas, o balançar das folhas com o vento, a chegada da chuva e outros elementos visuais. Com isso o diretor ressalta a importância do tempo para a formação de laços afetivos e para a construção do conhecimento. O trabalho escolar, apresentado no documentário, é bastante interessante, a medida que o professor utiliza do espaço físico da sala de aula, porém seu trabalho se estende muito além dos muros da classe. A organização do trabalho transcende as disciplinas e toca o cotidiano das crianças, por meio de suas brincadeiras, seus problemas, seus desejos e aflições. O papel do pedagogo mostrado no filme é bem claro: preparar as crianças não apenas para a vida acadêmica, mas para a convivência entre si e em sua sociedade.

    Daniel Bruekers
    Euzilene Luciana
    Gisele de Oliveira
    Joyce Fabiana

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  4. Comentário sobre o filme ‘Ser e ter’

    Grupo: Ana Maria Micaela, Arnaldo Cunha, Izabela Lopes, Nathalia Ataide, Nathalia Santos.

    Fazendo um paralelo do filme com a educação brasileira o grupo chegou as seguintes considerações:
    O professor do filme possui um desafio muito comum nas escolas brasileiras que é a convivência múltipla no ambiente de sala de aula, onde a diferença de idade dos alunos torna a convivência difícil. No Brasil também encontramos nas salas de aula crianças com idades e estágios de aprendizagem diferentes. A diferença vista por nós é que nesta escola da França retratada no filme, o professor os acompanha desde o jardim da infância até o último ano do primário fazendo com que a convivência se torne mais rica em possibilidades pedagógicas para o professor devido essa relação mais intimista.
    Outra questão que nos chamou a atenção é que apesar da heterogeneidade encontrada em sala, a serenidade do professor e a influência da família criam um ambiente lúdico, onde cada criança constrói seu próprio conhecimento e utilizam de atividades curriculares que extrapolam os limites da sala de aula. E o que percebemos no Brasil na maioria dos casos é a negligência da família frente a escola e ao filho, sendo a escola o único lugar responsável por educá-lo em todos os âmbitos. Além disso, não podemos desconsiderar a desmotivação dos professores que sem o devido apoio da família ficam sobrecarregados emocionalmente e com obrigações não escolares, sem contar na remuneração não compatível com o trabalho/mercado.
    Por fim, o filme nos dá a lição de que não é necessário brinquedos modernos e muita tecnologia em sala para que a aprendizagem coletiva aconteça efetivamente e que, sobretudo, ser é mais importante do que ter.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Alunas: Adélia Corrêa, Adriane Corrêa. Gabriela Fonseca, Sibele Cristina, Rosely Valentim.

    Uma analise da realidade


    O documentário “Ser e Ter” retrata a realidade de uma escola da zona rural no sul da França, na qual um professor apenas é o responsável pela educação escolar de todas as crianças da região. A sala de aula é multi-seriada, alunos de diferentes idades dividem o mesmo espaço e trabalham no coletivo, cada um de acordo com seu nível de desenvolvimento.
    Ao longo da obra cinematográfica, é possível perceber que o professor detém uma atenção individualizada para cada aluno. Com o processo estabelecido na rotina escolar, é verificável a autonomia que cada aluno tem para realizar suas atividades escolares. Em âmbito geral, o professor retratado no documentário acompanha os alunos desde as primeiras etapas da vida escolar, tendo a conduta de conhecer suas famílias e o ciclo social que frequentam, orientando-os até a passagem para a escola secundária.
    A comparação desta obra com a realidade da prática pedagógica brasileira pressupõe uma nítida diferença no que tange vários aspectos de ordem estrutural, física, organizacional e pedagógica. Na escola retratada, mesmo com a variedade de idade, havia cerca de 15 alunos para um professor. Dessa forma, ele tinha condições de realizar um trabalho mais especifico e direcionado. Ao contrário da realidade brasileira, em que em muitas escolas se encontra um professor para 25, 30 ou mais alunos por turma, o que diminui a qualidade do trabalho pedagógico.

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  7. (continuação)
    Outro aspecto relevante a ser considerado é o envolvimento professor / aluno. Pela analise do filme, constata-se que o professor preocupa-se com o rendimento escolar de cada aluno em todas as situações, verificando e intervindo de maneira a construir um processo educativo. Ao contrário, na realidade brasileira tem-se como aspecto mais evidente que somente os alunos “mais difíceis” têm a vida investigada pela escola no intuito de descobrir os motivos do comportamento e, a partir daí, se tentar uma intervenção. Quanto aos considerados “bons alunos”, esses são raramente investigados, porque não causam transtorno em sala de aula, “atrapalhando” a prática pedagógica.
    A escola retratada possui o tempo escolar extenso, no qual os alunos têm atividades durante todo o dia e todas essas tem relação com o aprendizado. Em muitos municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, pode-se verificar a existência de políticas públicas que promovem o tempo escolar em período integral. Contudo, muitas escolas não possuem estrutura para receber os alunos. Os espaços são insuficientes e os alunos muitas vezes são encaminhados para praças públicas, salões de igreja e demais espaços cedidos pela comunidade local. Tais espaços nem sempre oferecem estrutura adequada para que os alunos desenvolvam suas atividades de forma eficiente.

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  8. (continuação)

    De maneira geral, a obra documentada revela que o processo educativo pode ser pautado nas individualidades e que a relação estabelecida pelo professor com os alunos é de respeito ao ser humano que ali está no papel de aluno em processo de formação. Dessa forma, revela a necessidade da existência de uma ética para subsidiar o trabalho pedagógico, tendo como viés uma formação significativa.
    O papel desempenhado pelo professor revela uma conduta positiva, calcada em um processo educativo para a vida. Dessa forma, retrata que, ao se valorar as relações pessoais dos alunos, demonstrando a gama de diversidade que existe na sociedade e a importância da comunicação das relações, transmite a mensagem aos alunos que é melhor “ser” do que “ter”.
    O modelo de educação demonstrado no documentário revela aspectos de cunho positivo, porém, para que tal modelo se emancipe na realidade brasileira, é necessário que algumas características sejam adotadas, tais como: os pais e responsáveis devem reconhecer que são colaboradores no processo educacional e participar ativamente; a formação constante de professores é de suma importância, uma vez que através deste processo é possibilitada a renovação e reflexão de saberes da prática pedagógica. Além dessas características, é necessário que haja uma estrutura que garanta de fato o acesso e permanência dos alunos, tendo a concepção de que todas as necessidades sejam físicas e materiais devem apresentar um estado de estabilidade para a promoção de um processo educativo efetivo.
    Por fim, pontuamos que é necessário sempre buscar reflexões sobre o processo educativo, tendo traçado qual a perspectiva de educação que se quer implementar, qual a concepção de formação e que contexto social se deseja traçar, para que não nos coloquemos apenas como agentes facilitadores de políticas prontas, e sim, agentes interventores do processo educacional capazes de nele atuar.

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  9. Alunas: Bárbara Costa Maiolino Andrade
    Beatriz Piedade Catizane
    Chayenne Ingrid da Silva Pereira
    Isadora Teixeira Coura
    Lidiana Trigueiro Malaquias
    Nayara Louise Ducan Cardoso

    O documentário “Ser e ter” se passa em uma região rural da França e retrata uma escola que possui uma única sala de aula e um único professor que ministra aulas para essa turma multiseriada com alunos de diferentes idades. O documentário apresenta a trajetória escolar dessas crianças bem como a prática docente do professor, ao longo de um ano. No decorrer do filme percebemos que o título é propício, pois o professor demonstra respeito e amor pelo SER humano com suas limitações e especificidades. Já o TER, apresenta-se na forma de compromisso com a educação, didática, sensibilidade, criatividade e principalmente capacidade para aproveitar os momentos em prol da aprendizagem e do desenvolvimento dos educandos. Na sala de aula há uma diversidade de níveis de aprendizagem, ou seja, há alunos desde o início do processo de alfabetização até a quarta série. Porém, em diferença à realidade francesa, essa estrutura escolar é pouco comum no Brasil, mas ainda está presente principalmente em regiões menos desenvolvidas economicamente. Em geral, no sistema brasileiro de educação as crianças são “divididas” por pares de idade.

    Outra diferença que se percebe no filme com relação à realidade brasileira se diz respeito à prática docente, uma vez que a mesma é exercida de forma diferenciada à de muitos de nossos professores. Questões como a autonomia e o trabalho em grupo, que são propostas pelo professor do filme, poucas vezes são práticas adotadas nas escolas brasileiras. A relação professor-aluno que é tratada no documentário, mostra que o professor trata as crianças com respeito, e quando fazem algo de errado, ao invés de reprimi-las, o professor induz nestas a reflexão de suas atitudes. Ainda, se preocupa com as questões individuais das crianças e com a formação moral das mesmas. Com isso, mais do que alfabetizar, o professor busca ajudar na formação da identidade e do caráter da criança. Mesmo apresentando esses pontos positivos, vale ressaltar que o educador muitas vezes é insistente e rígido aos fazer suas intervenções. Por vezes, é preciso dar tempo ao aluno para que o mesmo possa se interessar pelo conteúdo e até mesmo para refletir sobre suas ações e sua aprendizagem.

    Mas, infelizmente, a realidade deste documentário é bem adversa do que acontece no Brasil. Devemos levar em consideração também ao se comparar a prática desses professores as condições de trabalho que são totalmente diferenciadas. Muitos são os empecilhos que impedem que nossos professores desempenhem um melhor trabalho. Alguns deles se referem à desvalorização desse profissional e seus salários; o tempo de serviço exigido diariamente, chegando a trabalhar em dois ou três turnos para conseguir manter um padrão de vida de “qualidade”; salas de aula com uma grande quantidade de alunos; falta de tempo para planejamento das ações pedagógicas, seja dos professores individualmente ou em grupo; questões sociais como a falta de limites e educação moral de nossas crianças que a família tem delegado à escola, gerando assim problemas sérios como indisciplina e violência. Enfim, a realidade que nos foi mostrada pelo documentário é bem diferente da brasileira, entretanto, isso não significa que o professor do filme não enfrenta também, mesmo que sejam outros, desafios em sua prática docente. Mesmo assim, ele consegue superá-las com muita dedicação e gosto pela profissão. Isso não significa dizer que os professores brasileiros não possuam méritos, pois ainda existe muitos profissionais que apesar das rotinas pesadas e da precariedade das suas condições de trabalho acreditam que com suas intervenções podem modificar a realidade na qual estão inseridos. Diante disso, o filme nos leva a refletir que podemos tentar melhorar constantemente a nossa prática pedagógica.

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  10. Comentário sobre o filme “Ser e ter”
    O professor é o agente categorizado para educar. É o mediador do conhecimento historicamente produzido e culturalmente organizado. Hoje parecem conquistadas a convenção e a convicção de que todo professor é educador, que a ação pedagógica do professor vai além daquela que se realiza no ato de ensinar disciplinas. Em outras palavras, a ciência, antes vista como verdade a ser aprendida e entendida, é compreendida hoje como produção humana, como produção cultural. O professor, com sua conduta profissional e pessoal, educa ou deforma.
    Os alunos sempre buscam modelos que consigam se impor pela própria competência, valorizam professores livres de neuroses, com conhecimento, inteligência e atitudes maduras. Gostam daqueles que não correm com a matéria mostra a dificuldade de acompanhamento do raciocínio abstrato.
    E o que se espera do professor envolvido com a teoria da valorização dos pontos fortes? Assim como a planta, fora do se lugar natural, precisa de cuidados especiais para sobreviver, o mesmo acontece com o ser humano. O amor é o oxigênio que possibilita à vida consciente desenvolver-se de forma saudável. Bons planos, muitas vezes, não chegam à concretização por falta da energia vivificada do amor. A percepção meramente intelectual do valor de uma proposta não basta para que os envolvidos em determinado projeto estejam também com seu coração na ideia. No filme “Ser e ter”, os educandos têm a oportunidade de saírem da sala de aula para realizarem atividades interessantes. Como no Brasil esta não é uma prática comum e bem aceita e entendida pela comunidade escolar; faz-se necessário que toda a equipe supere algumas barreiras como; fazer atividades com alunos fora de sala é muito complicado dá muito trabalho. Se em sala de aula eles já não obedecem direito, imagine na rua.
    A educação moral e ética parece ser, atualmente, uma das tarefas mais importantes de todos aqueles que educam e um meio fundamental para a convivência social harmoniosa. Uma educação moral e ética visa instrumentalizar as crianças e os jovens para que reflitam sobre princípios e valores básicos, norteadores da vida, bem como deles se apropriem. Esses valores permitem que pensemos em nosso bem-estar, sem desconsiderarmos o bem-estar do nosso grupo social e, em escala mais ampla, levando igualmente em conta e bem-estar da sociedade em que vivemos. Esse é um aspecto abordado pelo filme “Ser e ter”, onde o professor busca através do diálogo com seus aprendentes essa justa medida de ação com o outro. Sendo realizado esse processo em vários momentos do filme, quando resolve uma briga, questiona sobre a necessidade de adequação às regras estabelecidas pelo professor a um aluno impulsivo.
    O conhecimento oferecido pela escola deve possibilitar aos jovens compreender o mundo e atribuir-lhe um sentido, mas isso só acontecerá quando a escola se abrir, atravessar seus muros e fazer um movimento para conhecer a comunidade que existe a seu redor. Enquanto isso, cabe à comunidade também dar o primeiro passo: buscar a equipe escolar e compreender as dificuldades que a escola enfrenta e como muitas vezes se encontra isolada para solucioná-las. Os primeiros contatos devem evitar cobranças de ambos. Escola e população local podem perceber que seus problemas são comuns e que a resolução dependerá de um esforço conjunto, em prol de um objetivo que é maior do que as suas diferenças – a educação das crianças e jovens. Neste filme o professor busca esta integração entre escola e comunidade, procurando conhecer e bem cada educando e sua realidade de vida, seus pontos fortes e suas dificuldades, auxiliando também no relacionamento familiar, com dicas e pistas sobre o que poderia ajudar no desenvolvimento de uma educanda com dificuldade de aprendizagem; ele respeita seu ritmo e tempo para as tarefas e não a impede de avançar na escolarização.

    Ana Maria Brandão Villaça
    Cássia Helena Clemente Moreira
    Fernanda Emanuele Rocha
    Sayonara Silva Salles
    Shirlene Hellen Miranda

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  11. Comentário sobre o filme “Ser e ter”

    O professor é o agente categorizado para educar. É o mediador do conhecimento historicamente produzido e culturalmente organizado. Hoje parecem conquistadas a convenção e a convicção de que todo professor é educador, que a ação pedagógica do professor vai além daquela que se realiza no ato de ensinar disciplinas. Em outras palavras, a ciência, antes vista como verdade a ser aprendida e entendida, é compreendida hoje como produção humana, como produção cultural. O professor, com sua conduta profissional e pessoal, educa ou deforma.
    Os alunos sempre buscam modelos que consigam se impor pela própria competência, valorizam professores livres de neuroses, com conhecimento, inteligência e atitudes maduras. Gostam daqueles que não correm com a matéria mostra a dificuldade de acompanhamento do raciocínio abstrato.
    E o que se espera do professor envolvido com a teoria da valorização dos pontos fortes? Assim como a planta, fora do se lugar natural, precisa de cuidados especiais para sobreviver, o mesmo acontece com o ser humano. O amor é o oxigênio que possibilita à vida consciente desenvolver-se de forma saudável. Bons planos, muitas vezes, não chegam à concretização por falta da energia vivificada do amor. A percepção meramente intelectual do valor de uma proposta não basta para que os envolvidos em determinado projeto estejam também com seu coração na ideia. No filme “Ser e ter”, os educandos têm a oportunidade de saírem da sala de aula para realizarem atividades interessantes. Como no Brasil esta não é uma prática comum e bem aceita e entendida pela comunidade escolar; faz-se necessário que toda a equipe supere algumas barreiras como; fazer atividades com alunos fora de sala é muito complicado dá muito trabalho. Se em sala de aula eles já não obedecem direito, imagine na rua.
    A educação moral e ética parece ser, atualmente, uma das tarefas mais importantes de todos aqueles que educam e um meio fundamental para a convivência social harmoniosa. Uma educação moral e ética visa instrumentalizar as crianças e os jovens para que reflitam sobre princípios e valores básicos, norteadores da vida, bem como deles se apropriem. Esses valores permitem que pensemos em nosso bem-estar, sem desconsiderarmos o bem-estar do nosso grupo social e, em escala mais ampla, levando igualmente em conta e bem-estar da sociedade em que vivemos. Esse é um aspecto abordado pelo filme “Ser e ter”, onde o professor busca através do diálogo com seus aprendentes essa justa medida de ação com o outro. Sendo realizado esse processo em vários momentos do filme, quando resolve uma briga, questiona sobre a necessidade de adequação às regras estabelecidas pelo professor a um aluno impulsivo.
    O conhecimento oferecido pela escola deve possibilitar aos jovens compreender o mundo e atribuir-lhe um sentido, mas isso só acontecerá quando a escola se abrir, atravessar seus muros e fazer um movimento para conhecer a comunidade que existe a seu redor. Enquanto isso, cabe à comunidade também dar o primeiro passo: buscar a equipe escolar e compreender as dificuldades que a escola enfrenta e como muitas vezes se encontra isolada para solucioná-las. Os primeiros contatos devem evitar cobranças de ambos. Escola e população local podem perceber que seus problemas são comuns e que a resolução dependerá de um esforço conjunto, em prol de um objetivo que é maior do que as suas diferenças – a educação das crianças e jovens. Neste filme o professor busca esta integração entre escola e comunidade, procurando conhecer e bem cada educando e sua realidade de vida, seus pontos fortes e suas dificuldades, auxiliando também no relacionamento familiar, com dicas e pistas sobre o que poderia ajudar no desenvolvimento de uma educanda com dificuldade de aprendizagem; ele respeita seu ritmo e tempo para as tarefas e não a impede de avançar na escolarização.


    Ana Maria Brandão Villaça
    Cássia Helena Clemente Moreira
    Fernanda Emanuele Rocha
    Sayonara Silva Salles
    Shirlene Hellen Miranda

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  12. Comentário sobre o filme “Ser e ter” - Continuação
    Um programa, de ações educativas, bem estruturado, com atividades ricas em significado e conteúdo educativo, pode representar para as crianças e jovens vítimas da pobreza e da exclusão social um precioso espaço que venha suprir as suas necessidades de formação integral, espaço esse que é garantido às crianças de camadas mais favorecidas.
    Além do mais, esses espaços podem contribuir fortemente para o sucesso da criança na escola, livrando-as dos danos emocionais provocados pelo fracasso na vida escolar. No filme cada avanço da criança é valorizado, pois ela é vista integralmente.
    A grande transformação social que se deseja não somente de grandes planos e projetos, mas também do trabalho dedicado, anônimo e cotidiano, repleto de desafios, fraquezas, alegrias e tristezas, de avanços e retrocessos, realizado por um professor/educador em seu espaço de trabalho. Há um espaço de trabalho que é só seu, onde o educador exercita e manifesta a sua competência e transforma o mundo. E essa competência pode fazer a diferença na vida daquele grupo de crianças e jovens sob a sua responsabilidade.
    Segundo Bernardo Toro, os melhores educadores possuem as seguintes características:
    • têm um conceito positivo de si mesmos e de seu trabalho;
    • têm sempre expectativas positivas acerca de todas as crianças;
    • não culpam a criança pelo fracasso: sabem que toda criança é capaz de aprender;
    • nunca ridicularizam seus alunos;
    • sabem que a disciplina depende de atividades motivadoras, bem planejadas e participativas;
    • buscam participação ativa dos educandos através de perguntas, solicitando exemplos;
    • sabem que as tarefas são dadas para que os educandos as realizem com êxito;
    • entendem que o educador é aquele que almeja que todos tenham êxito escolar;
    • dialogam com seus colegas e pedem conselhos quando têm problemas com os educandos;
    • desenvolvem e fortalecem na vida diária os valores que devem ser cultivados, promovidos e respeitados;
    • têm prazer em aprender com os alunos.

    Ana Maria Brandão Villaça
    Cássia Helena Clemente Moreira
    Fernanda Emanuele Rocha
    Sayonara Silva Salles
    Shirlene Hellen Miranda

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  13. Comentário sobre o filme “Quando tudo começa”
    Alunas: Adélia, Adriane, Gabriela, Rosely e Sibele


    O filme “Quando tudo começa” apresenta transparentemente as mazelas sociais provocadas pelas relações capitalistas, tendo a escola como foco central para discutir as influências do contexto social na realidade escolar. Esta colocação é muito interessante por afirmar que a instituição escolar está em constante interação com a sociedade, em que não há muros que separa os problemas, mas que é este espaço o espelho da sociedade.
    Apesar de ser uma produção francesa há grande semelhança entre as situações vivenciadas no filme e o sistema educacional público brasileiro. Sobre aspecto, podemos considerar, principalmente, a situação sócio-cultural e o modelo político e econômico do Brasil que se preocupa muito pouco em oferecer serviços básicos, infra-estrutura e políticas sociais, deixando populações de baixa renda, especialmente de regiões carentes, desassistidas.
    O filme também abre espaço para reflexões sobre o que cabe à escola e o que cabe à família. No dizer da professora do filme, as crianças costumam passar horas em frente à televisão, em casa junto de seus pais, sem sequer conversarem ou aprenderem a se cumprimentar. Dessa forma, fica sob a responsabilidade da escola a atribuição e o desafio de educá-las quanto aos princípios, convenções e códigos culturais necessários ao convívio social. Quanto às palavras a serem ensinadas, estas servem apenas para que as crianças possam dizer: "eu tenho fome, eu tenho frio".
    Há, ainda, a situação, vivida permanentemente pelos professores das escolas públicas, em que os pais frequentemente não se envolvem na educação de seus filhos, outorgando assim, para a escola, a educação que deveria vir de casa. Os professores ficam no limite de suas forças, pois não se submetem a um regime tão severo de falta de limites, de um mínimo necessário para a criança estar dentro da sala de aula.
    Infelizmente a ficção é uma realidade: professores que preferem não se envolver com os problemas dos alunos, autoridades omissas e indiferentes. Deixamos uma pergunta como ação para a reflexão:
    - Mesmo com toda boa vontade e perseverança de muitos professores, como vencer este estado de coisas?
    Necessário se faz encontrar um novo caminho.

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